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Marianinha


Pionites l. xanthomeria (Sclater 1857)

Inglês: Yellow-thighed Caique
Português: Marianinha

Distribuição: Parte de cima do rio Amazonas no estado do Amazonas, Brasil, do oeste ao leste do Equador, Peru e Bolívia na província de Beni.

Descrição: Semelhante a leucogaster, mas as coxas e os lados do corpo são amarelos, à parte cima das penas do rabo são verdes, lado inferior é escuro, o círculo ao redor dos olhos é acinzentado, o bico é da cor de chifre com a base acinzentada e os pés são cinzas escuros.

Comprimento: 23 cm.

Nota: A Pionites Melanocephala e Pionites leucogaster muitas vezes cruzam entre si em algumas partes do oeste da sua área de distribuição, assim como também no norte de Mato Grosso, no Brasil. A Pionites l. xanthomeria pode então ser considerada um híbrido das duas espécies.

Hábitat: Áreas de florestas de zonas tropicais, especialmente ao longo de cursos de água.

Status: Comum, mas a população está diminuindo em algumas localidades devido ao desmatamento.

Hábitos: Andam normalmente em pares, grupos familiares ou bandos pequenos fora da época reprodutiva. Costumam ser ruidosos, especialmente durante o vôo. Alimentam-se principalmente nas copas das árvores. Caso sejam perturbados saem voando e guinchando ruidosamente, sendo seu chamado estridente.

Características: Este papagaio sul-americano de cores contrastantes faz parte da subfamília dos Pionites, e faz parte da família dos Psitacídeos. Eles compreendem 02 espécies dentro de aproximadamente 05 subespécies. São bastante resistentes depois de aclimatados. Tem desaparecido de seu habitat natural devido ao desmatamento e a sua captura para o mercado de animais de estimação. São animais que se adaptam muito bem ao convívio com seres humanos. Em cativeiro temos que ter o cuidado, e isto se aplica a todas as espécies de papagaios, para que eles sejam o mais felizes possível. Uma ave que está muito tempo sozinha e fechada em casa, que está perto de ruídos estranhos ou em condições (gaiola, alimentação e distrações) pobres, não é uma ave feliz. Papagaios são aves muito sociáveis que precisam da companhia de outras aves ou de pessoas; como todos os seres vivos, querem atenção e as melhores condições, sem essas se tornam tristes e podem entrar em stress, chegando mesmo a arrancar as próprias penas e até as próprias unhas, casos que depois são muito difíceis de corrigir.

A condição mais importante para quem compra, seja uma ave de companhia ou para criação, é saber a história da ave. Deve-se sempre comprar aves criadas em cativeiro, tentando assim contribuir para a não extinção da mesma, além de também facilitar a nossa relação com elas. Quando criadas em criatórios, estão acostumadas à presença de seres humanos e dificilmente sofrem stress ou contraem doenças, estando aclimatadas às condições de cativeiro.

Quando se tem um casal não é muito difícil que se consigam filhotes. Se quiser fazer uma criação, leva-se em conta que um casal reprodutor não é só um macho e uma fêmea, e sim, um macho e uma fêmea compatíveis. Como nos humanos, por vezes um não gosta do outro. Se tiver a certeza que é um macho e uma fêmea, que são adultos (mais de 03 anos) e que não reproduzem, algo está errado, pode ser que não sejam um par compatível. Procure encontrar o possível problema e, se chegar à conclusão da incompatibilidade, troque uma das aves.

Não costumam tolerar convívio com outras espécies.
Dimorfismo: Não há.

Dieta natural: Sementes, frutas, flores, larvas e brotos, também comem milho e amendoins em áreas cultivadas.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos e etc.), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas como: maçã, uva, figo, pêssego (a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal), gostam muito de milho verde e amendoim, chegam a comer ração de faisão.

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: É alcançada regularmente. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro, mas é importante que outros casais estejam bem próximos, pois isso estimula a reprodução. O macho pode ser muito agressivo e freqüentemente ficam agressivos com os tratadores durante a criação. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 03 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 03 a 05 ovos, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até três posturas por ano. Ovo 30.5 x 25.0 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em árvores altas. Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições em cativeiro, mas coloque-o em um canto escuro, pois é de suma importância. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 26 dias.

Temperatura de incubação: 37, 5º C.

Umidade: 60 a 65%.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas tem penas pretas espalhadas na parte de cima da cabeça e na nuca, às vezes a parte inteira da parte de cima da cabeça é escura, o bico é da cor de chifre com a base negra, a íris é escura e os pés são cinzas. A plumagem de adulto é conseguida provavelmente aos 14 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 09 a 10 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1×1,2x2m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.

Fonte: Parrot’s Place

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