Cabeça de Ameixa – Psittacula cyanocephala |
Psittacula cyanocephala
(Linné 1766)
Inglês: Psittacula cyanocephala
Português: Ararinha de Colar
Distribuição: Ceylon, Ilha de Rameswaram, Índia, leste de Rawalpindi e Nepal até o Butão e oeste de Bengal.
Sua plumagem em geral é verde, a cabeça é vermelha tornando-se azul violeta na parte de trás da cabeça, nuca e bochechas, isso circundado por uma faixa preta que vai das bochechas a nuca com uma faixa verde azulada adjacente, a parte mais baixa das costas é verde azulada, possui uma mancha vermelha escura na parte externa das asas, debaixo das asas é azul esverdeado, as penas medianas do rabo são azuis com as pontas brancas e as laterais são verdes amareladas com as pontas amarelas, à parte de cima do bico é amarela alaranjada e a debaixo é quase preta, sua íris é amarelo bem claro e os pés são cinzas.
Comprimento: 33 cm.
Mutação - Azul turguesa |
Hábitat: Áreas arborizadas abertas a 1.500m, savanas secas e úmidas com árvores, preferem florestas próximas a áreas cultivadas, são menos freqüentes em parques e cidades.
Status: Só são comuns em algumas localidades, já desapareceram de muitas áreas.
Hábitos: São nômades e vivem em pares ou bandos pequenos de até 15 pássaros, dependendo da disponibilidade de comida. Migrações sazonais regulares acontecem em algumas regiões. Bandos de mais de cem pássaros podem ser vistos em campos de grãos maduros, preferem os galhos altos das árvores, costumam permitir aproximação, ao entardecer se reúnem em grandes bandos em moitas de bambu ou bosques pequenos, são barulhentos mesmo depois de escurecer, seu vôo é rápido e direto, voam com facilidade por entre as árvores e gritam durante vôo.
Características: Este periquito asiático de elegantes proporções e bonitas cores faz parte da família das psittaculas. Como o próprio nome indica, cyanocephala, é a ave caracterizada pela cor da cabeça, que foi descrita pela primeira vez por George Smith como “da cor da mais perfeita ameixa”, no entanto, esta cor só aparece nos machos. São muito pacificas e monogâmicas, já tendo sido mantidas em viveiros ao lado de aves de outras espécies vivendo felizes. Possuem uma peculiaridade, ao se movimentarem levantam o rabo para que não encoste no poleiro, evitando assim danos ao mesmo. Na história desta espécie existe um fato interessante, apesar de terem sido importadas às centenas para a Europa, existem raros registros de que esta ave tenha sido reproduzida com sucesso antes do ano 1970. Uma das poucas referências foi à exibição de um casal com os seus filhotes apresentado por Russ numa amostra de aves no Palácio de Cristal de Londres no ano 1877. De fato, muitas tentativas de criação resultaram em filhotes mortos na casca ou morto ao fim de poucos dias. Em Portugal existem alguns criadores que criam esta ave com sucesso.
Macho – Amarelo (Lutino) e Fêmea verde diluído |
Dimorfismo: As fêmeas, diferente dos machos que possuem a cabeça bem colorida, têm a cabeça cinza azulada com um bordo amarelado, não possuem a mancha vermelha nas asas e à parte de cima do bico é amarelada enquanto que a debaixo é cinza claro. Esta diferença só fica visível depois 02 a 03 anos, quando os machos começam a colorir a cabeça. Há de se ter atenção quando se faz uma compra para não se adquirir dois machos (um adulto e um jovem) por um casal, pois os machos jovens são muito parecidos com as fêmeas. Aconselha-se a procurar sempre aves anilhadas para não haver enganos.
Dieta natural: Sementes, frutas (figos, goiabas, etc…), flores, particularmente de Salmalia, Butea e Bassia, pólen e brotos de folhas. Causam danos em plantações de frutas e arroz em algumas áreas.
Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos, etc…), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas (maçã, kiwi, laranja), a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal, gostam muito de repolho, jiló e milho verde, chegam a comer ração de faisão.
Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.
Reprodução: É alcançada freqüentemente. Não são sensíveis a perturbação e a inspeção do ninho. É essencial um acasalamento harmonioso, a fêmea ocasionalmente poder ser agressiva com o macho. Embora sejam inofensivos com outras aves, é interessante manter apenas um casal por viveiro para se obter melhores resultados na reprodução. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.
Opalino |
Amadurecimento sexual: 02 a 03 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 04 a 06 ovos, podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 25.0 x 20.4 mm.
Ninhos: Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições. Na natureza fazem seus ninhos em buracos de árvores. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados em cativeiro. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.
Tempo de incubação: 23 dias.
Temperatura de incubação: 37,5º C.
Umidade: 60 a 65%.
Filhotes: Os filhotes se assemelham às fêmeas, mas tem a cabeça cinza esverdeada, a testa é cinza alaranjado, às partes de cima e debaixo do bico são amareladas e a plumagem de adulto só é adquirida depois de 15 meses para as fêmeas e a dos machos 30 meses para estar completa. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 06 a 07 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom “pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.
Viveiros: Assegure temperatura constante (quente) e que o mesmo seja bastante claro. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1×1,2x2m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para poderem ser desgastados. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.
Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.
Fonte: Parrot´s Place
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