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Arara Macaw


Ara macaw
(Linné 1758)

Inglês: Scarlet Macaw
Português: Arara Macaw

Distribuição:  Norte da parte leste do Panamá, passando pela América Central até o sul de Tamaulipas e Oaxaca no México e do nordeste Colômbia no vale de Magdalena no leste dos Andes ao leste da Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e no sul passando pelo Equador, Peru, Brasil até o estado de Mato Grosso e Santa Cruz, na Bolívia.

Descrição: Sua plumagem em geral é vermelho vivo, a área sem penas na face é branca com algumas linhas de penas vermelhas pouco visíveis. Alguns pássaros possuem um bordo amarelado nas penas da parte de atrás da cabeça. As penas no meio das asas são amareladas com as pontas verdes, as penas mais externas das asas são azuis, a parte mais baixa das costas, à parte de cima e de baixo da região coberta pelo rabo são azuis, à parte de cima do rabo é vermelha com as pontas azuis, a maior parte do seu corpo, o lado inferior do rabo e as asas são vermelhos, seu bico é forte, da cor de chifre e com os lados enegrecidos, à parte de baixo do bico é negro, sua íris é amarelada e seus pés cinzas escuros.

Comprimento: 85 cm.

Hábitat: Florestas tropicais, bosques abertos e savanas com árvores em zona tropical a 1.000 m, na América Central também em planícies secas e em áreas montanhosas na costa do Pacífico como também em áreas cultivadas com pequenas áreas de floresta.

Status: Comum em áreas com floresta primária, mas não tão comum como a Ara ararauna. Praticamente desapareceu de grande parte de sua área de distribuição, particularmente na América Central, por perda de hábitat, que é a causa principal, mas também por captura para o comércio e caça.

Hábitos: Normalmente são vistas em pares, grupos familiares ou bandos de até 30 pássaros. Discretas, especialmente durante vôo, mas podem ser acompanhadas através de gritos regulares. Freqüentemente grupos grandes podem ser vistos em árvores onde se alimentam e em particular em bancos de barro, onde costumam estar junto com as Ara ararauna e as Ara chloroptera, ocasionalmente podem ser vistos 100 ou mais pássaros. Os casais são fáceis de se identificados dentro do grupo, são muito cautelosas quando lá estão. Esperam até estarem certas de que não há nenhum predador por perto. Ao empoleirar, o fazem em silêncio e dentro da floresta são difíceis de serem localizadas, sua presença só notada pelos restos de frutas que caem. Quando assustada, voa guinchando ruidosamente para áreas próximas. Voam regularmente pela manhã e a noite, seu vôo é bastante rápido e direto caracterizado por batidas de asas regulares e poderosas.


Características:
Embora a mais conhecida das araras vermelhas seja a Ara chloroptera, a Ara macao é a mais cobiçada. Suas cores contrastantes a tornam uma ave extremamente bela. A cor amarela da asa a difere bem da Ara chloroptera. Pertencente a família psittacidae e não há nenhuma subespécie, ela é única. Embora vivam em bandos, são monogâmicas. Muito vivas, resistentes, adoram tomar banho e às vezes bastante barulhentas, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde, mas muito menos que as Ara ararauna. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. Por serem muito destruidoras, proveja regularmente galhos verdes. Podem ser mantidas com outras araras grandes fora da época reprodutiva, desde que em viveiros grandes. São extremamente sociáveis e por incrível que pareça, quando criadas em cativeiro, se sentirem falta do dono ou de companhia, irão sofrer de stress, devendo-se sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente.

Dimorfismo (diferença sexual): Não existe, podem apenas ser distinguidos pelo exame de DNA.

Dieta natural: Comem uma grande variedade de frutas maduras, várias sementes de palmeiras, flores, verduras e legumes. Alimentam-se em árvores, provavelmente também comem insetos e suas larvas. Quase todo dia voam de manhã e ao entardecer para comer barro em terra rica em mineral. Acredita-se que isso seja para neutralizar o conteúdo tóxico de algumas frutas verdes.

Alimentação: Nozes, amendoins, frutas e legumes (pêra, manga, laranja, maçã, ameixas, banana, pepino, milho meio-amadurecido, cenoura, etc), mistura de sementes grandes, trigo, aveias, sementes brotadas. Comida de pombo encharcada. Precisa de uma fonte de vitamina regular e suplementos de minerais (especialmente D e B), proteína animal (camarão seco, ovo, carne de galinha e ossos).

Período de reprodução: De novembro a março.

Reprodução: Regularmente alcançada no Brasil, embora reproduzam muito menos que as Ara ararauna. Neste período costumam ficar agressivas com os tratadores. Não se conhece nenhum tipo de “corte” (exibição de namoro) diferenciada. A forma de acasalamento é lateral, o que difere da maior parte dos psitacídeos, que é feita com o macho sobre a fêmea.

Amadurecimento sexual: 04 a 05 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 50 e 60 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 a 03 ovos, que poderão estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 47.0 x 33.9 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em coqueiros ou palmeiras mortas, nos ocos de árvores altas de troncos grossos e ocasionalmente usam buracos ou fendas fundas em precipícios de pedra calcária. Costumam usar o mesmo ninho regularmente, porém os casais não criam todos os anos. Existem vários fatores que interferem diretamente na taxa de reprodução como: predadores, doenças, ninhos tomados por outros animais e muitas das vezes inundações. Em cativeiro, os horizontais são os preferidos. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação. A inspeção do ninho deve ser feita com cuidado, para que o casal não se assuste e danifiquem os ovos ou até mesmo machuquem os filhotes.

Tempo de incubação: 26 a 28 dias.

Temperatura de incubação: 37, 5º C.

Umidade: 60 a 65%.


Filhotes:
Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com o rabo mais curto, a íris marrom escura, a parte inferior do bico bem mais clara e a plumagem ligeiramente mais fosca. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 12 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem, possam gastar suas energias e tenham um bom ambiente para reprodução, o mínimo é de 3x2x2m. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.

Fonte: Parrot’s Place

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