Com o contato com a natureza cada vez mais difícil, muita gente sente a necessidade de cultivar plantas em casa. O problema, muitas vezes, é como cuidar delas. E é daí que vem a popularidade das suculentas. Confira, a seguir, os principais tipos de suculentas, além dos cuidados necessários com a planta e lindas fotos para inspirar sua decoração:
O que são suculentas
Fáceis de cuidar, as suculentas costumam resistir mesmo aos donos mais relapsos, o que não quer dizer que saber mais sobre como cultivá-las não seja útil para mantê-las saudáveis – e vivas – por ainda mais tempo. Mas, afinal, o que são as suculentas?
“O termo suculentas é usado de forma popular. No meio científico, ele é desconhecido, com as plantas sendo divididas em família, gênero e espécie. Mas, em linhas gerais, suculentas são plantas que têm a capacidade de armazenar água em suas folhas”, explica Sara Seguette, bióloga e proprietária da Cultivarte, empresa de jardinagem especializada nas plantinhas.
A seguir, você encontra mais dicas e informações compiladas com a ajuda da especialista.
Tipos de suculentas
Se suculenta é toda planta que armazena água em suas folhas, e o cacto faz isso, podemos dizer que o cacto é uma suculenta?
Sim, mas nem toda suculenta é um cacto. Na verdade, a Cactaceae é só uma das nove famílias existentes, sendo que cada uma delas pode contar com até 1600 espécies diferentes. Confira abaixo as mais comuns no Brasil:
Echevéria ou rosa de pedra (Echeveria elegans)
É uma das suculentas mais queridas, graças ao seu formato, que lembra uma flor. Suas folhas são arredondadas, com uma leve angulação nas pontas. Além de ser muito bonita, esse tipo de suculenta é legal porque costuma indicar quando precisa de mais sol: ao começar a perder seu formato original, tornando-se mais alongada.
Planta fantasma (Graptopetalum paraguayense)
Outra suculenta que lembra uma flor, a flor fantasma, como é popularmente conhecida, tem folhas mais alongadas e pontudas. É caracterizada por um subtom arroxeado que se mescla ao seu tom de verde opaco. Para saber se ela está recebendo a quantidade necessária de sol, repare se suas folhas estão ganhando um aspecto leitoso. Se a resposta for sim, é hora de mudá-las para um local com mais incidência solar.
Colar de pérolas (Senecio rowleyanus)
Perfeitas para quem gosta de jardins verticais, essas suculentas receberam seu nome popular graças às longas hastes repletas de folhas esféricas, que chegam a lembrar ervilhas. Se tudo correr bem, essa espécie de suculenta ainda ganha flores brancas com cheirinho de canela durante a primavera.
Rabo-de-burro (Sedum morganianum)
Nativa do México, essa é outra opção para pendurar, graças às suas hastes bastante compridas, que podem chegar a um metro de comprimento! Suas folhas bem juntinhas têm um tom verde acinzentado e um formato curioso, que lembra o de uma vírgula. De quebra, ainda podem nascer nela flores pequenas e avermelhadas que ganham destaque especial no verde.
Zebra (Haworthia fasciata)
Original da África, essa suculenta tem um visual bem peculiar, com formato de roseta, e folhas verdes grossas, carnudas, duras e rajadas de branco. Apesar de gostarem bastante de sol, também toleram bem as temperaturas baixas no inverno, sendo um tipo bastante resistente para os jardineiros de primeira viagem.
Orelha de Shrek (Crassula ovata gollum)
Para entender o nome popular dessa suculenta, é só olhar para ela: parece ou não parece a orelha do famoso ogro dos cinemas? Isso se deve graças às suas folhas tubulares e compactas, que são ótimas para dar altura a vasos ou terrários. Outra vantagem desse tipo de suculenta é que elas não costumam sofrer com pragas ou doenças.
Sedum carnicolor
Outra boa opção para dar um pouco mais de altura ao vaso ou terrário, essa espécie originária da Europa é bastante resistente a temperaturas extremas, sejam elas de calor ou de frio. Como acontece com muitas suculentas, o maior cuidado com elas deve ser em relação ao excesso de água, que faz com que elas apodreçam.
Como já foi dito, esses são só alguns dos diversos tipos de suculentas existentes. Mas não se desespere caso de depare com alguma espécie que não tenha sido listada acima. Com pequenas variações, as suculentas têm cultivo e exigem cuidados bastante parecidos para que se mantenham vivas e saudáveis.
Como plantar suculentas
Ganhou uma planta e não quer deixá-la isolada em um vasinho? Como alternativa, você pode plantá-la em um local mais charmoso, como uma xícara, ou começar a montar o seu terrário, colocando-a ao lado de outras suculentas. Isso também vale para quando a suculenta está grande demais para o vaso em que está plantada. Confira abaixo o passo a passo para fazer isso:
- Escolha um recipiente com furos de drenagem para a água. Desde que seja furado, as opções vão de lata de sardinha a vaso de barro, vai depender do seu estilo;
- Prepare um substrato especial para suculentas com areia lavada, terra adubada e fibra de coco moída em proporções;
- Caso o vaso seja grande, coloque argila expandida em seu fundo, antes de colocar o substrato, para facilitar a drenagem;
- Acrescente ao vaso o substrato especial para suculentas;
- Com o vaso original de suculenta de cabeça para baixo, bata no fundo até que ela se solte juntamente com o seu torrão (terra e raízes);
- Plante a muda de suculenta no novo vaso com substrato, tomando cuidado para não cobrir as folhas;
- Bata nas laterais para acomodar a terra, garantindo seu contato com a raiz da planta;
- Cubra a terra com areia e com pedriscos brancos para decorar e evitar a rápida evaporação da água.
Caso o objetivo não seja replantar, mas propagar a suculenta, utilize o mesmo substrato especial. Nele, você deverá acomodar folhas saudáveis da planta sem enterrá-las. Borrife água sobre elas uma ou duas vezes por semana, dependendo do clima em sua cidade, e pronto. Com cerca de dois meses, você já terá novas mudas de suculentas para replantar em outros vasos.
Como cuidar das suculentas
Elas são, sim, mais fáceis de cuidar que a maioria das plantas, mas, de acordo com Sara, “engana-se quem acha que as suculentas não precisam de cuidados específicos”. Entre os erros mais comuns, ela cita a falta de sol e a presença de algumas pragas. “A mais comum é o pulgão, um organismo pequeno que suga a seiva da planta, uma vez que identificado deve ser tratado imediatamente, pois pode se alastrar nas demais plantas”, alerta a especialista.
Veja outras dicas para garantir a sobrevivência das plantinhas:
- Lembre-se de que as suculentas sofrem mais com o excesso do que com a falta de água;
- Esqueça as regras disseminadas por aí. O único jeito de saber com certeza se a suculenta precisa de mais água é sentindo a umidade do substrato com a ponta dos dedos;
- “Vasos de cerâmica normalmente precisam de regas mais frequentes, enquanto os cachepots sem furos precisam de menos, devido ao sistema de drenagem”, diz Sara;
- Na hora de regar, evite molhar as folhas, para que elas não apodreçam;
- Sempre retire o excesso de água caso ele se acumule no pratinho embaixo do vaso da suculenta;
- Suculentas precisam de sol, não somente de luminosidade. Procure deixá-las na janela ou em área externa na parte da manhã;
- Procure adubar o vaso de tempos em tempos. Para isso, coloque adubo do tipo NPK sobre a terra ou pedriscos para que ele vá liberando seus nutrientes com as regas;
- Sempre fique de olho nas plantas para identificar possíveis pragas antes que se espalhem;
- Caso perceba a presença de pulgões ou cochonilhas, isole a suculenta afetada e remova cuidadosamente os insetos com cotonete embebido em óleo de Neem. Pulverize o produto na planta a cada rega até o problema desaparecer.
Para finalizar, lembra aquela história de conversar com as plantas? Segundo Sara, toda planta se comunica conosco de alguma forma para informar sobre seu bem-estar. Por isso, fique atenta a qualquer mudança de coloração nas folhas, perda de formato etc. São indícios de que algo não vai bem com a sua suculenta.
Fonte: Dicas de Mulher
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